terça-feira, 8 de junho de 2010

É real

   Só se ama pessoalmente, mas não se ama todas as pessoas.
   E temos mais medos pelos outros.Vivemos tudo o que podemos ser sem viver nada.
   Queremos a proteção, mas não queremos nos proteger. Reclamamos do frio no inverno, do calor no verão e não queremos morno.
   Nós fugimos da chuva com vontade de água.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Bem mais do que uma linha

   Imagino o que não existe próximo a mim, no futuro. Ruas luminosas e meu sapato de salto alto fazendo barulho. Pessoas bebendo, conversando, rindo. O mundo sendo salvo. A minha importância em algo.
   Não como em um filme ou livro. Isso é outro tipo de ficção. Uma bem mais imatura e obstinada. Cabeça dura, a negação dos planos desfeitos.
   Mas só há dois ou três dias especias. Há o fim da festa. E  as garrafas vazias.
   O nada e o tudo. A exaustão. O palavrão gasto. A balburdia.
   Desejo de ser tudo,  estar e não estar. Bem vestido ou largado.
   Na realidade e na fantasia.